A Uber, uma das principais empresas de serviço de transporte particular do mundo, anunciou o encerramento das suas operações na cidade de Minneapolis, no estado de Minnesota, nos Estados Unidos. A decisão foi tomada após a aprovação de uma nova lei trabalhista que entrará em vigor a partir do dia 1º de maio e visa aumentar o salário dos motoristas de aplicativo.
De acordo com a legislação local, os motoristas de aplicativo terão um salário mínimo de 15,57 dólares por hora. Esse valor, convertido para a moeda brasileira, representa aproximadamente R$ 78,22 por hora, como forma de adequação ao salário mínimo da região. A decisão da Uber em paralisar suas operações na cidade americana foi baseada nessa nova determinação salarial.
A Lyft, empresa concorrente da Uber nos Estados Unidos, também anunciou a saída da cidade de Minneapolis em resposta à aprovação da mesma lei trabalhista. Segundo a Lyft, as atualizações nas regras de transporte locais são consideradas “profundamente falhas”. A empresa apoia a padronização de um salário mínimo para os motoristas de aplicativo, porém discorda do valor estipulado pela legislação.
O aumento nos salários dos motoristas é um dos principais motivos que levaram as empresas de transporte por aplicativo a deixarem a cidade. Com o aumento dos custos com os colaboradores, os serviços tendem a se tornar mais caros para os usuários. Por outro lado, o conselho responsável pela mudança na legislação acredita que está garantindo um “salário minimamente digno” para os motoristas, assim como para todos os outros trabalhadores locais.
No Brasil, uma medida semelhante está em análise no Senado Federal e na Câmara dos Deputados. Trata-se de um Projeto de Lei que visa regulamentar o serviço de transporte por aplicativo no país. Caso aprovada, a PL irá estabelecer um piso salarial para os motoristas de aplicativo, adequando-o à base nacional de vencimentos, que hoje é de R$ 1.412.
Além disso, outra mudança prevista pela legislação brasileira é permitir que os motoristas possam trabalhar em mais de uma empresa simultaneamente, aproveitando a ausência de vínculo empregatício entre as empresas e os colaboradores. Essa medida busca trazer mais flexibilidade e oportunidades para os profissionais do setor.
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