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Taxar carros elétricos vai contra a lógica, segundo Abeifa!

Diante do recente pedido de aumento imediato do imposto de importação para veículos híbridos e elétricos para 35%, a Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores – se posiciona contrária a quaisquer mudanças de regras e defende a previsibilidade nas políticas industriais do setor automotivo brasileiro. A entidade destaca a importância de respeitar os clientes/consumidores, que têm o direito de acessar e escolher tecnologias de ponta.

A Abeifa reforça que políticas protecionistas não trazem benefícios ao Brasil, lembrando que, nos anos 1990, a abertura do mercado interno para veículos importados foi essencial para o desenvolvimento do atual parque industrial, que conta com diversas fabricantes.

“Estamos à beira de um grave retrocesso no setor automotivo brasileiro”, alerta Marcelo de Godoy, presidente da Abeifa. Para ele, “medidas protecionistas ou barreiras alfandegárias artificiais são sempre ineficazes. A médio e longo prazos, prejudicam toda a cadeia automotiva e, especialmente, o Brasil. As importações regulam o mercado interno por meio da competitividade de tecnologias e preços, desafiando as montadoras locais a melhorarem seus produtos e a aumentarem efetivamente as exportações. A competitividade é essencial para o fortalecimento da indústria local”.

BYD quer deixar seus carros mais baratos.
BYD Seal.

A Abeifa também se posiciona contrária à inclusão dos veículos elétricos no imposto seletivo da reforma tributária em tramitação e à exclusão desses modelos da isenção do IPVA, que privilegiaria somente os veículos híbridos abastecidos com hidrogênio ou etanol no Estado de São Paulo.

“Os veículos elétricos são reconhecidos mundialmente como uma das principais soluções para a redução das emissões de gases de efeito estufa e poluentes atmosféricos, contribuindo significativamente para a melhoria da qualidade do ar e o combate às mudanças climáticas”, argumenta Godoy. “Ignorar essa categoria de veículos no incentivo fiscal demonstra falta de alinhamento com as tendências globais e os compromissos ambientais assumidos pelo Brasil. Além disso, a exclusão dos veículos elétricos da isenção do IPVA desestimula a adoção de uma tecnologia limpa e eficiente, dificultando o avanço do mercado de veículos elétricos no país. Essa decisão contraria os interesses dos consumidores que buscam alternativas mais sustentáveis e dos fabricantes que investem em inovação e sustentabilidade”.

Números do Semestre

As dez marcas filiadas à Abeifa, com licenciamento de 7.979 unidades (7.830 importadas e 149 de produção nacional), registraram em junho um aumento de 3,2% nas vendas em comparação a maio, quando foram comercializadas 7.728 unidades. Em comparação a junho do ano passado, o aumento foi de 231,4%, com 7.979 unidades vendidas contra 2.408 veículos.

Na importação, as 7.830 unidades vendidas representaram um aumento de 3,3% em relação às 7.582 unidades de maio e um aumento de 247,1% em comparação a junho de 2023. Na produção nacional, com 149 unidades, houve um aumento de vendas de 2,1% em relação a maio, mas uma queda de 2% em comparação a junho de 2023.

Audi E-Tron GT 2025

No acumulado de janeiro a junho, a Abeifa registrou 45.766 unidades (importadas e produzidas no Brasil), um aumento de 223,9% em relação aos primeiros seis meses de 2023, quando foram emplacadas 14.131 unidades. Somente no segmento de importados, o crescimento foi de 235,3%, com 44.921 unidades vendidas em comparação às 13.397 unidades do ano anterior. Esses veículos representam 23,2% do total de importados no primeiro semestre do ano.

Destaque para Veículos Eletrificados

Os veículos eletrificados importados e emplacados pelas associadas à Abeifa totalizaram 41.417 unidades no período de janeiro a junho, representando 52,2% do mercado total de 79.303 unidades emplacadas.

Participações de Mercado

Em junho, com 7.979 unidades licenciadas (importadas e de produção nacional), as associadas à Abeifa tiveram uma participação de 3,94% do mercado total de automóveis e comerciais leves (202.474 unidades). Considerando apenas as 7.830 unidades importadas, a participação foi de 3,86%, enquanto as unidades nacionais, com 149 veículos, representaram um market share de 0,07%.

As 45.766 unidades emplacadas nos primeiros seis meses do ano representaram um market share de 4,25% do total de 1.077.062 unidades do mercado interno brasileiro.

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