As marcas chinesas foram pioneiras no desenvolvimento de carros elétricos e se tornaram uma sensação global. No entanto, em alguns lugares, esse crescimento foi severamente limitado por tarifas excessivas, como nos Estados Unidos e na União Europeia. Em resposta, as montadoras voltaram sua atenção para mercados alternativos, como o Brasil, buscando expandir sua presença e influência.
Essas fabricantes chinesas foram as primeiras, junto com a Tesla, a investir em veículos movidos a bateria, o que lhes conferiu um conhecimento técnico que as posiciona à frente da maioria das outras marcas. Além disso, seus preços competitivos desafiaram muitos países.
Por exemplo, em maio deste ano, o presidente dos EUA, Joe Biden, aumentou significativamente as tarifas sobre veículos elétricos importados da China, elevando a taxa de 25% para 100%. Isso teve o efeito de dobrar o preço dos carros elétricos chineses no país.
Seguindo o exemplo americano, a União Europeia também impôs altas tarifas para carros importados da China, que podem chegar a 38,1%, dependendo da montadora.
Diante dessa resistência, as marcas chinesas de carros elétricos buscaram novos mercados em 2024. Nos primeiros cinco meses deste ano, aproximadamente 154 mil veículos elétricos e híbridos plug-in chineses foram vendidos na Rússia, representando um aumento expressivo em relação ao mesmo período de 2023. As marcas chinesas agora detêm quase metade do mercado automotivo russo, com um crescimento anual nas vendas de 92,8%.
Esses veículos também estão alcançando números recordes no Sudeste Asiático, representando 74% do mercado local.
Em Israel, mais de 34.601 veículos a gasolina e elétricos fabricados na China foram importados e vendidos nos primeiros cinco meses de 2024, sendo que 26.803 foram puramente elétricos ou híbridos plug-in, capturando 68% do mercado local.
Nos Emirados Árabes Unidos, as vendas de carros chineses aumentaram para 114.530 unidades nos primeiros cinco meses, quase o dobro do mesmo período de 2023.
No Brasil, as exportações de carros chineses, incluindo elétricos, híbridos e a combustão, aumentaram mais de seis vezes de janeiro a maio, totalizando 159.612 unidades. Isso representa um crescimento massivo em comparação ao ano anterior, impulsionado por marcas como BYD e GWM, que dominam as vendas de carros elétricos e eletrificados no país. Essas empresas já estão planejando iniciar a produção local em breve. Outras marcas chinesas, como Zeekr, Omoda, Jaecoo e Neta, também estão se estabelecendo no mercado brasileiro.
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