Em um recente escândalo que sacudiu o setor automobilístico, a Hyundai se vê no centro de uma polêmica legal nos Estados Unidos. O Departamento do Trabalho americano abriu um processo contra a gigante coreana e uma de suas ex-subsidiárias, a SMART Alabama, LLC, após alegações chocantes de emprego de crianças em condições perigosas.
Investigações revelaram que indivíduos com menos de 13 anos foram encontrados trabalhando até 60 horas semanais na fabricação de peças essenciais para diversos modelos da Hyundai. Esses jovens, muitos dos quais são imigrantes e refugiados da América Central, estavam supostamente envolvidos em atividades arriscadas, como a operação de maquinário pesado, inclusive empilhadeiras e equipamentos de soldagem, além de trabalharem na estampagem de componentes metálicos para veículos.
O caso ganhou destaque após reportagem da conceituada Agência Reuters, que colocou em evidência cerca de 50 menores atuando nas instalações da empresa fornecedora da Hyundai. As leis americanas são claras ao proibir o emprego de menores de 18 anos em tarefas consideradas perigosas.
Diante das acusações, a Hyundai afirmou estar colaborando plenamente com as autoridades competentes para apurar os fatos. A empresa ressaltou ainda que medidas foram tomadas imediatamente após tomar conhecimento da situação. Por outro lado, a SMART Alabama defendeu-se argumentando que a contratação dos menores ocorreu através de uma agência terceirizada.
O Departamento do Trabalho dos EUA exige, agora, que a montadora devolva os lucros obtidos durante o período em que se beneficiou desta mão de obra irregular. Este revés chega em um momento delicado para a Hyundai, que tem registrado vendas recordes no mercado americano.
A planta no Alabama é responsável pela produção de modelos populares como Sonata, Elantra, Santa Fé, Tucson, Santa Cruz e o Genesis GV70. Além disso, fornece motores tanto para suas próprias linhas quanto para a Kia, marca irmã da Hyundai que também pode ser afetada pelas repercussões deste caso.
Este incidente levanta questões importantes sobre as práticas trabalhistas nas cadeias produtivas globais e destaca a necessidade de vigilância contínua para proteger os direitos dos trabalhadores mais vulneráveis. À medida que o caso se desenrola, os olhos do mundo permanecem atentos às ações da Hyundai e às implicações legais e éticas desta controvérsia.
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