Em um mundo onde a tecnologia avança a passos largos, a indústria automobilística não fica para trás, introduzindo os chamados Features-on-Demand (FODs), ou Recursos Sob Demanda. Este modelo de negócios, apesar de controverso, está sendo adotado pela Hyundai através da sua nova divisão, a Hyundai Connected Mobility, estabelecida na Europa. Esta iniciativa visa unificar os programas de assinatura de carros Mocean e serviços conectados Bluelink sob uma mesma bandeira.
A proposta dos FODs, apesar de receber críticas por exigir pagamentos adicionais para o desbloqueio de funcionalidades já presentes nos veículos, apresenta também um aspecto inovador: a possibilidade de atualizar carros mais antigos com novas tecnologias. Segundo Marcus Welz, diretor administrativo da Hyundai Connected Mobility, esta é uma oportunidade para revitalizar modelos mais antigos com recursos modernos através de atualizações de software, melhorando desde a eficiência energética até a segurança dos veículos.
Este conceito não é exclusivo da Hyundai. Marcas como BMW, Mercedes-Benz e Audi já exploram o modelo de recursos sob demanda, enfrentando críticas por parte dos consumidores. A prática envolve desde o acesso pago a bancos aquecidos até sistemas avançados de assistência ao condutor. Por outro lado, o conglomerado automotivo Stellantis vê nas assinaturas e recursos sob demanda um potencial significativo de receita, projetando ganhos bilionários até 2030.
Apesar da tendência crescente entre as fabricantes premium na Europa e nos EUA, há resistência. A Dacia, por exemplo, critica abertamente essa prática e opta por soluções simples e acessíveis, reforçando seu compromisso com a acessibilidade.
No Brasil, a adoção dessa prática pelas montadoras ainda não é uma realidade. O mercado brasileiro permanece distante dessa tendência, mantendo o foco em oferecer veículos completos sem custos adicionais para desbloqueio de recursos.
A medida que a indústria automobilística evolui, fica evidente o debate entre inovação tecnológica e acessibilidade financeira. Enquanto alguns veem nos FODs uma oportunidade de personalização e atualização contínua dos veículos, outros questionam a ética por trás do pagamento por funcionalidades já incorporadas aos carros. O futuro dirá como esse equilíbrio será alcançado.
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