A metodologia empregada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) para avaliar o consumo de combustível dos veículos tem gerado dúvidas quanto à sua aplicabilidade no dia a dia dos motoristas brasileiros. Isso porque, segundo as informações disponíveis, os testes realizados pelo órgão não reproduzem condições reais de condução, além de utilizarem uma composição de combustível distinta daquela encontrada nos postos de abastecimento em todo o país.
Por que Questionar as Etiquetas de Consumo do Inmetro?
As etiquetas de consumo de combustível, amplamente divulgadas pelo Inmetro, são elaboradas com base em simulações laboratoriais, seguindo normativas específicas estabelecidas pelo próprio instituto. Essa abordagem cria uma primeira camada de distanciamento entre os resultados obtidos e o consumo real observado pelos motoristas nas vias urbanas e rodovias.
Além disso, uma diferença significativa na composição da gasolina utilizada nos testes laboratoriais em comparação com aquela fornecida aos consumidores brasileiros aponta para uma segunda questão relevante. Nos ensaios do Inmetro, é utilizada uma gasolina com 22% de etanol (E22), enquanto nos postos de combustíveis do Brasil, a gasolina comercializada apresenta uma concentração maior deste composto, chegando a 27% (E27). Tal variação na formulação impacta diretamente no desempenho do combustível, sendo a E22 associada a um menor consumo.
A Confiabilidade das Informações e Seu Valor Comparativo
Apesar dessas peculiaridades, é importante ressaltar que as informações fornecidas pelo Inmetro sobre o consumo de combustível dos veículos não são completamente desprovidas de valor. Elas servem como um referencial importante para os consumidores que buscam comparar diferentes modelos de automóveis sob condições padronizadas, oferecendo um parâmetro para identificar quais veículos são mais eficientes em termos de consumo de combustível.
Portanto, embora as etiquetas do Inmetro possam não refletir precisamente o consumo real que será experimentado no cotidiano, elas desempenham um papel crucial ao orientar escolhas mais informadas por parte dos consumidores. Compreender as limitações e o contexto das avaliações realizadas pelo Inmetro permite uma interpretação mais acurada dos dados apresentados e facilita a tomada de decisões conscientes no momento da compra de um veículo.
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