Um recente estudo realizado pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) aponta que o sono e a fadiga figuram como a terceira maior causa de acidentes nas estradas brasileiras. Esta condição, apenas superada pelo consumo de álcool e drogas ao volante e pela prática de dirigir em alta velocidade, evidencia um grave problema comportamental entre condutores.
Durante uma edição do programa Tira-dúvidas, promovido pelo Portal do Trânsito & Mobilidade, o tema foi discutido amplamente. Celso Mariano, especialista e diretor do portal, enfatizou a importância da capacidade neuromotora cognitiva na condução de veículos. “A condução segura exige não só habilidades físicas mas também um estado mental alerta, sendo o sono restaurador fundamental para o bom desempenho cerebral”, destacou.
Segundo Mariano, negligenciar as necessidades básicas de descanso pode levar a erros críticos durante a condução. Erros esses que, em alguns casos, podem não ser percebidos pelo condutor, aumentando significativamente o risco de acidentes fatais.
Identificando os Sinais de Sonolência
A sonolência ao volante não é apenas um indicativo de cansaço físico, podendo também estar associada a outras condições de saúde. Essa diminuição significativa na capacidade de concentração e reação pode ser exacerbada por tentativas equivocadas de combater o sono, como o consumo excessivo de café, ouvir música em alto volume e deixar o vento bater no rosto. Estes métodos são notoriamente ineficazes e podem levar a momentos de sono involuntário extremamente perigosos.
Entre os sinais claros de sonolência estão:
- Dificuldade em manter a concentração na estrada.
- Visão embaçada e dificuldade em manter os olhos abertos.
- Sensação constante de cabeça pesada.
- Bocejos frequentes.
- Pensamentos vagos e desconexos.
- Desvios involuntários na trajetória do veículo.
O alerta dado por Mariano reforça a importância da conscientização sobre os perigos do sono ao dirigir. Motoristas devem estar cientes dos sinais de sonolência e tomar as medidas necessárias para garantir não só a própria segurança, mas também a dos demais usuários da via.
A prevenção é a melhor estratégia contra os riscos associados à fadiga ao volante. Planejar paradas para descanso em viagens longas, manter um ciclo regular de sono e buscar orientação médica ao identificar padrões anormais de sono são passos cruciais para evitar acidentes relacionados à sonolência. Assim, reforça-se o compromisso com a segurança no trânsito e com a preservação da vida.
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