Os carros franceses há muito tempo carregam uma fama negativa no Brasil. Marcas como Peugeot, Citroën e Renault são frequentemente associadas a problemas crônicos, manutenção cara e construção frágil. No entanto, ao analisar modelos recentes, como o Peugeot 208, Renault Sandero R.S. e Citroën C4 Cactus, foi constatado que não há motivos para temer esses estereótipos.
Esses veículos são construídos com tecnologia de ponta e componentes de marcas consagradas e respeitadas na indústria automotiva. Embora existam alguns casos verídicos de complicações mecânicas, muitas das críticas são baseadas em mitos e desinformação.
Para entender o contexto dessa fama, é importante fazer um breve histórico. Os carros franceses começaram a ganhar força no Brasil após a abertura das exportações nos anos 90. Modelos populares da Renault, como o Clio, foram bem recebidos no mercado brasileiro. Já Peugeot e Citroën apostaram em linhas mais arrojadas, com destaque para o Peugeot 406 e o Citroën XM, que contava com uma inovadora suspensão hidropneumática.
No entanto, esses veículos apresentavam engenharia avançada e, por vezes, desafiadora para os mecânicos brasileiros. A falta de conhecimento técnico adequado gerava dificuldades na manutenção, contribuindo para a fama de que os carros franceses ficavam frequentemente parados nas oficinas. Essa situação também ocorreu com o Fiat Marea, um automóvel de qualidade, mas que enfrentou problemas semelhantes.
Um dos principais vilões dessa fama negativa foi o serviço de pós-venda. As montadoras francesas, principalmente a Peugeot e a Citroën, demoraram a investir nessa área, ao contrário de empresas japonesas como Toyota e Honda. No entanto, nos últimos anos, essas marcas têm melhorado significativamente nesse aspecto, oferecendo um serviço mais eficiente e confiável.
A Renault se destacou nessa retomada, conquistando uma boa reputação e vendendo bem seus modelos, como o Sandero e o Logan, conhecidos pela robustez e confiabilidade. Já as marcas da PSA (Peugeot e Citroën) enfrentaram dificuldades na obtenção de peças para manutenção, mesmo com a fabricação local. Isso também contribuiu para a imagem negativa dos carros franceses no Brasil.
No entanto, houve melhorias significativas nesse aspecto. A PSA investiu na expansão da rede de concessionárias e na disponibilidade de peças de reposição. Além disso, a adoção de motores de alta performance e câmbios confiáveis contribuiu para acabar com o estigma dos carros franceses.
Dirigir modelos recentes, como o Citroën C4 Cactus e o Peugeot 2008 Skywalker, tem sido uma experiência positiva. O novo Peugeot 208, premiado na Europa por seu design e tecnologia inovadora, também merece destaque.
Com as melhorias implementadas pelas montadoras francesas, que agora fazem parte do Grupo Stellantis, ao lado de marcas como Fiat e Jeep, espera-se um crescimento substancial nas vendas e a eliminação dos antigos estigmas.
Uma ressalva
Embora os novos carros franceses estão cada vez mais confiáveis e populares, quando se trata de carros usados, pegando o ano de 2000 pra cima, eles podem te causar um pouco de dor de cabeça. Os carros franceses chegaram no Brasil, entregando muito conforto, tecnologia e potência. Porém, o Brasil tinha pouca mão de obra qualificada para lidar com os carros, além de ter suas peças importadas.
Isso ocasionou que os carros desvalorizassem muito e tivesse suas manutenções muito caras, especialmente quando falamos de câmbio automático. Todavia, um carro francês antigo entrega muito conforto, porém você deve que prestar muito a atenção na hora da compra!
Redator web writter, está sempre por dentro de tudo sobre o universo automobilístico, gosta de esportes, jogos e notícias automotivas. Iniciou os trabalhos na internet em 2022, realizando pesquisas, artigos, notícias e muito mais, sobre veículos e assuntos do nicho.