O câmbio automático é uma tecnologia desenvolvida para proporcionar conforto ao motorista, mas nem sempre essa promessa é cumprida. Muitos carros automáticos acabam causando mais dor de cabeça do que oferecendo conforto aos proprietários. Pensando nisso, separamos algumas marcas e modelos de carros automáticos usados que você deve evitar.
Volkswagen i-Motion: trancos e falta de grip
A transmissão automatizada de embreagem simples da Volkswagen, conhecida como i-Motion, é marcada por trancos e falta de aderência. Essa caixa robotizada equipou diferentes carros compactos da Volks nos anos 2000 e 2010, como Fox, SpaceFox, Polo e Up!. Além disso, é comum apresentar vazamento de fluido do atuador da embreagem e do robô, além de problemas de embreagem patinando.
Chevrolet com caixa Easytronic: excesso de trancos e trepidações
A General Motors apostou nas transmissões automatizadas de embreagem simples com a caixa Easytronic. Ela foi aplicada em modelos como Agile e Mérida, buscando agregar conforto no segmento de compactos a um baixo custo. No entanto, os problemas comuns relacionados a essa transmissão são o excesso de trancos, imprecisões, trepidações e travamento das marchas.
Peugeot e Citroën com câmbio automático AL4: imprecisões e transmissão patinando
A caixa AL4, presente nos carros automáticos da PSA Peugeot Citroën do início dos anos 2000, é conhecida por suas imprecisões em médios giros. Além disso, há um problema crônico de transmissão patinando, que prejudica o desempenho do carro. Para resolver esse problema, é necessário fazer uma reinicialização do gerenciamento do câmbio automático e trocar o módulo, o que pode custar cerca de R$ 1.500.
Fiat com câmbio automatizado Dualogic e GSR: funcionamento ruim e problemas no sensor de detecção de marcha
A Fiat lançou sua versão de transmissão automatizada de embreagem única com os nomes Dualogic e GSR. Essas transmissões equiparam diversos modelos da marca, como Linea, Bravo e 500. No entanto, o funcionamento desses câmbios era tão ruim quanto os das concorrentes, ganhando o apelido de Burralogic. Além disso, a segunda geração do Dualogic apresentava problemas no sensor de detecção de marcha, resultando em recalls por parte da montadora.
Toyota Etios com câmbio automático U442E: desempenho comprometido e necessidade de manutenção zelosa
Mesmo a Toyota, conhecida por produzir carros inquebráveis, tem um modelo com problemas em seu câmbio automático. O Etios, equipado com a caixa U442E da Aisin, apresenta desempenho comprometido devido às quatro marchas, especialmente nos buracos entre a segunda e terceira marchas. Além disso, é necessário ter cuidado com a manutenção do fluido da caixa, que deve ser trocado a cada 40 mil km.
Renault Easy’R: imprecisão e mudanças bruscas
A Renault apostou na caixa Easy’R para Sandero e Logan como uma alternativa à transmissão convencional de quatro marchas. No entanto, essa nova transmissão também apresentava os mesmos problemas dos câmbios automatizados anteriores, como imprecisão e mudanças bruscas. Por conta desses defeitos, a Renault descontinuou a Easy’R em 2019, após menos de seis anos no mercado.
Ford PowerShift: superaquecimento e travamentos parciais
A Ford trouxe um câmbio automatizado de dupla embreagem, chamado PowerShift, para seus modelos compactos como Fiesta, EcoSport e Focus. Embora inicialmente tenha apresentado um comportamento superior aos câmbios automatizados anteriores, logo surgiram problemas. O superaquecimento da caixa causou travamentos parciais e totais da transmissão, resultando em um recall por parte da montadora.
É importante lembrar que esses problemas não são uma regra geral para todos os modelos das marcas mencionadas. No entanto, é recomendado estar ciente das possíveis dificuldades que esses carros automáticos podem apresentar ao fazer sua escolha de compra.
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